sexta-feira, 21 de março de 2014

DESIRE MEU AMOR

Desire, meu amor (Miranda Jarret)

Desire Meu Amor
Autora: Miranda Jarret
Clássicos históricos, vol.54; 221 páginas
Sinopse:

4° Livro da Serie "the Sparhawks"

Personagens: Jack Herendon e Desire Sparhawk

Desire Sparhawk
Achava que um inglês decente só morto. A simples visão de um uniforme britânico congelava-lhe o sangue. Mesmo assim, o capitão Jack Herendon fez o fogo correr em suas veias!

Jack Herendon
Jamais imaginara que sua inimiga americana fosse uma mescla de beleza, coragem e paixão. Na verdade, Desire era a mulher de seus sonhos... e a mulher a quem, por dever, ele deveria trair!

Já disse que, dentre todos, meus livros favoritos sempre são romances de época? Talvez pela magia, talvez pela inocência à mais acrescentada às personagens... Não sei ao certo. Talvez seja só a nostalgia do passado que não vivi, mas que gosto de visualizar, enquanto leio. A verdade é que Miranda Jarret (que não me possui um nome estranho, apesar de eu não conseguir lembrar se li algum livro dela) superou, e muito, minhas expectativas. Novamente, li o livro antes de ver a sinopse, e acho que isso torna a leitura bem mais gratificante. Misteriosa. Devo concordar que a parte que mais gostei foi o final... acho até que a batalha poderia ter sido mais bem detalhada. Eu iria adorar. Adoro batalhas - ainda mais quando estas acontecem no mar.
          O inicio da estória é confuso, e não sei se isso se deve ao fato de eu não ter lido a sinopse. É provável que seja por isso. Demorei uns bons segundos até entender o que acontecia: Desire cuidava das economias de sua família, enquanto seus irmãos estavam fora; só isso já era bem incomum: mulher, ainda mais naquela época datada da independência dos EUA, não tinha muitos direitos e eram subestimadas. Achei inacreditável o fato de, não tão somente ela estar solteira aos 26 anos (mais ou menos), mas os irmãos confiarem à ela os negócios diversos da família! Mas, surpresas à parte, a autora não demorou-se muito em explicações, tentando acrescentar, logo nas primeiras páginas, os ingrendientes da estória que nos fariam querer continuar a lê-la: nos aparece o marinheiro inglês Jack Herendon.
        O que seria pior, para os americanos que acabavam de acrescentar a ideia de que eram livres da Inglaterra (quem estudou Independencia dos Estados Unidos, sabe do que estou falando), do que ter um inglês parado bem no meio da sua sala, como uma visita displicente? Pior: um inglês da marinha - mesma marinha que, anos atrás, fora responsável pela morte de seu amado pai? Desire sentira na pele essas sensações. Lembranças de seu pai, agora morto, por aquele exercito tão cruel, lhe assaltavam a mente. Para ela, ser inglês já era motivo para insulto, e tinha seus próprios motivos para pensar assim. Apesar disso, ouviu o que o capitão da marinha inglesa tinha a dizer... e descobriu que seu irmão mais novo precisava de sua ajuda. Hesitante, foi em busca da salvação de seu irmão, praticamente do outro lado do mundo, juntamente com aquele lindo capitão solitário.
        Quanto à Jack... ao descobrir suas intenções, suas mentirinhas, senti o impulso de querer matá-lo. E, creia, se fosse possível, eu até o faria. O pior não era ele mentir, mas ele mentir tão dissimuladamente bem, conquistando a confiança de Desire. Claro que não estava em seus planos se apaixonar pela mulher, irmã mais velha do cara que ele matara. E muito menos que ela sentisse o mesmo por ele, embora Jack duvidasse que ela ainda o quisesse assim que descobrisse que seu irmão mais novo (o que ela queria salvar), na verdade estava morto, e fora morto pelas mãos dele mesmo. Era impossivel eles ficarem juntos. havia muitas diferenças: ele era inglês, ela, americana; ele era da marinha, ela, tentava recuperar-se das lembranças de seu pai sendo morto por aquela mesma entidade militar... Sim, os dois não deviam ficar juntos, e Desire reconhecia bem isso. Não sei se Jack, sim; mas, Desire, ao menos, tinha alguma consciencia do quanto aquilo soava errado.
        Sinceramente acho que o fator "ah, matei seu irmão, mas te amo", deveria ter sido melhor explorada. É como se a autora tivesse esquecido desse ponto da estória, até que faltava mais ou menos trinta páginas para acabar o livro, e, mesmo assim, o assunto pareceu quase inacabado. Desire, para alguém que amava tanto o irmão, perdoara Jack muito rápido. Se isso for amor... tenho certeza que não amo. Você seria capaz de relacionar-se com o homem que tirara a vida de seu querido irmão mais novo? Eu não. Ou sim. As coisas mudam, e isso é uma das coisas que Desire aprende, quando descobre o amor, a beleza da paixão e de não estar só. Apesar de tudo, Jack não era uma má pessoa. Ele matara? Sim, e não tinha nem como isso não ter acontecido, já que ele trabalhava numa instituição militar. Mas, ao mesmo tempo que ele lutava bem, era ágil e forte, também sabia ser gentil, carinhoso e se importava com Desire - mesmo mentindo tanto para ela.
       Eu realmente gostei das cenas de ação, embora não tenham sido tantas. Gostei das batalhas, das brigas de espada... realmente, sou apaixonada por esse universo antigo. Também achei que Desire foi uma personagem bem feita, uma mistura de personalidades que se enlaçam entre si; mas achei que Jack poderia ter sido um pouco melhor construindo, sendo ele o capitão comandante de um navio, e tal... Sou exigente demais, deve ser isso. Mas, deixando as criticas de lado, o livro é bom. Tem uma estória boa, com uma escritora que soube realmente escrevê-la, e sem mais comentarios a respeito. Esse foi o primeiro romance de banca que imaginei que poderia ser lançado como filme... para você ver o quanto ele vale à pena.

TIRADO COMENTÁRIO DE
http://www.vicioempaginas.com.br/2011/10/desire-meu-amor-miranda-jarret.html


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